segunda-feira, 29 de março de 2010

Para a menina que mora em mim

'Como não era de curtir tristezas, pescou uma
estrelinha do céu, botou na testa e acendeu a alegria'
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[Um girassol na janela]
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Sorri com os olhos mais do que com a boca, porque a alegria pra ela só é verdadeira se vem de dentro. Aquela alegria boba que invade e fim. Acredita que o bem vai vencer no final, mesmo que as forças sujismundas digam o contrário todo-santo-dia. Se banha no reino das águas claras e sai purificada, porque é criança de alma.
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Me benzo. Te benzes.
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E seguimos fortes todasduas. A mulher de alma aleijada
e a menina curadora de todas as feridas.
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terça-feira, 23 de março de 2010

Príncipe,

Parece que foi ontem. É, parece sim. Aquele dia ensolarado, um carnaval, um beijo no sofá da sala. Ao mesmo tempo parece que é a vida inteira. Como se a gente se conhecesse de outras vidas, de outra dimensão.
Hoje é dia de festa. Mais um ano de vida. E cá estou eu, sem palavras para lhe parabenizar. 
Quero que você saiba uma coisa. Aliás, várias coisas: Foi você quem me ensinou a amar. É você quem me tira o sono. É seu abraço que me dá paz. É seu o único colo que me conforta, o sorriso mais lindo que eu já vi, o beijo mais doce que existe. 
Você é a razão da minha alegria diária. A força que não me deixa cair. A doce sensação de me sentir amada.
Hoje, príncipe, eu entendo que você me completa. Que sem você, eu não posso ser feliz. Entendo que eu não posso viver sem você. Que quero construir uma história, uma linda história de amor, contigo.
É impossível não me embaraçar com as palavras quando o destinatário é você. Fico "toda sem jeito". Mas também, nenhuma frase, nenhuma carta seria capaz de expressar verdadeiramente meus sentimentos.

Eu vou pra onde você for. Qualquer lugar do mundo é lindo, se você estiver lá. Eu quero estar sempre ao seu lado. E ser sua amiga, sua mulher, sua amante, sua eterna namorada. 

Feliz aniversário, meu amor. Hoje com a certeza de que comemoraremos por muitos e muitos anos. 

Da sua,

Suh. 





quarta-feira, 10 de março de 2010

M de Saudade.




Hoje o tempo passa no tempo dele. Sempre é assim, eu sei. Não posso acelerar, jogar tudo pra frente. É o que mais queria nesse exato momento. Tenho acordado tão só. Na cama, lembro de pernas, das mãos, dos olhares, sorrisos... viro pro lado, meu travesseiro e o vazio acompanhado do perfume da lembrança. Eu sinto. De verdade, sinto.
Me pego olhando pro nada. Meu espelho não me reconhece. São outras bocas, pernas... outros toques, cheiros, músicas, sabores... no final, só o final. Eu era feliz. Era. Não que não esteja sendo, por que sou uma pessoa que inventa os dias. Sou feliz. Mas antes... não inventava tanto. O antes era tão bom, tão verdadeiro. O Eu completo. Hoje, metade de mim sou eu e a outra metade, partiu. Só me resta o meu lado de dentro.
Choveu tanto um dia desses. O céu tava tão perto da terra... cada raio lindo, cada trovão... Fiquei só olhando pela varanda. Pensei tanta coisa... e no final, saí andando... na escuridão do vazio da solidão. Não que estivesse só, não é isso. Só estava na falta de você que sou eu. Não senti medo. Só no depois. Mas que ironia não? No início -do nosso início- o medo, agora a saudade. Seria bem melhor deletar tudo e voltar para o antes do agora. Voltar aquele sorriso, aquela mão no meu peito, como quem segura o coração. Aquelas pernas entrelaçadas, aquele toque.. aquele, aquilo... tudo.
Agora não sei terminar esse escrito. Fico com o silêncio da noite e essas lágrimas que caem.