sexta-feira, 28 de agosto de 2009
Para a Meteorologia da nossa vida.
“Pacientemente sentei e esperei que a chuva cessasse (...). O calor veio aos poucos e o céu foi limpando com o tempo (...). O meu céu ficou azul, então... e aqui já não chove mais.”
Está vendo aquela tempestade lá no fundo? Ela saiu daqui de mim.
Está vendo esse Solzinho chegando bem perto? Ele está entrando aqui pra mim.
Esta noite dormi do lado de fora para abrir os olhos e ter como primeira visão o arco-íris, anunciando novo tempo.
E agora eu quero cantar e doar flores; Quero levar alegria a todos os meus amores; Quero oferecer o meu guarda-chuva a todos os sofredores.
Do lado de cá, tem luz e sorriso pra dar (E é assim que eu vou seguir)! Chega de ter medo de andar e ter que escolher entre duas estradas onde é melhor continuar.
Daqui, só vejo reta. Reta que tem árvores de sentimentos bonitos prontinhos para serem colhidos.
E eu quero é andar por esses caminhos para ser a prova viva do que acontece quando a gente tem esperança;
E eu quero é andar por esses caminhos para ser a prova viva do que acontece quando a gente tem perseverança.
Está vendo esse sorriso aqui? Ele tomou conta da minha alma inteira. Está vendo aquele sofrimento ali? Ele foi procurar outro canteiro (e espero que não encontre).
“Se alguém perguntar por mim, diz que fui por aí... Levando um violão embaixo do braço (...). Em qualquer botequim eu entro e se houver motivo é mais um samba que eu faço.”
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quinta-feira, 27 de agosto de 2009
Um presente inesperado

Hoje pela manhã ganhei... Um sorriso!
Não me julgue tola, pois não foi um sorriso qualquer, destes projetados artificialmente para agradar. Era um sorriso em extinção nos meus dias: um sorriso de C-R-I-A-N-Ç-A.
Em meio há todos estes dias agitados, e pessoas indiferentes, aquele sorriso me fez parar no tempo, me fez pensar em quantos tolos e bobos sorrisos eu já deixei passar despercebidos. Parei no tempo daqueles segundos devoradores, e imaginei em quantos corações indiferentes aquela garotinha já chegou, sem ter noção da profundidade que pode causar o ato falho e extremamente necessário de deixar os lábios livres e gentis para o novo e desconhecido.
Aquela menina não sabe, pode ser que jamais chegue a ter noção do valor incontestável de um sorriso distraído, mas uma coisa é certa: aquele sorriso ficará para sempre comigo.
segunda-feira, 24 de agosto de 2009
Minhas meninas
Agosto, 2009
Vanessa
sábado, 22 de agosto de 2009
Mariana
De todas as minhas alegrias, ocê é a maior e a mais bonita. Acredito que ocê é um presente Divino que chegou quando eu mais precisava. Não tive nem tempo de olhar pras minhas feridas, pois tinha você pra cuidar. Foi assim que elas cicatrizaram, sem merthiolate nem band-aid. E os dias clarearam. Era ocê botando mais tons no azul do meu céu.
Agora, vejo ocê crescida, cada dia mais parecida comigo: nos pequenos gestos, na risada engraçada, no jeito meio torto de andar. E isso me faz um bem enorme. Coração não cabe no peito, tamanho contentamento. E os óios sempre prestes a chorar, porque sei que ocê, apesar de pequena, carrega uma tempestade aí dentro. Nada fácil pra quem tem apenas 6 anos. Mas sei, também, que ocê traz na algibeira sentimento grande e vontade forte. Ama tanto que chora. Segue rindo porque aprendeu desde cedo as reviravoltas que a vida dá. E inventa tuas próprias histórias com final feliz, porque sabe que a alma sempre se pode costurar. Remenda, borda, costura, alinhava. Tece a vida com fios de ouro e seda. Já nasceu tecelã.
quinta-feira, 20 de agosto de 2009
quarta-feira, 19 de agosto de 2009
saudade.....
saudade...hoje acordei saudoso....do café de mamãe,sempre adoçado com amor....de tomar chimarão com minha vovó na sacada olhando o dia que se achega...das conversas com minha mana,sempre finalizadas com um sermão,ao qual eu sei ser para meu bem...de afagar meus cachorros,de sentir a recíproca nos olhos de seres tão especiais.....saudades de pegar o carro e andar sem rumo pela estrada q circunda a minha amada terra natal....de encontrar meus amigos,abraçar um por um,como se esse fosse sempre o último dos abraços....de cozinhar para a imensa familia que se reunia todos os domingos na casa da tia estela....saudades de quem se foi aos quais deus não me permitiu um ultimo adeus...saudades do amor que a vida me tirou,e que sei ser hoje mais uma estrela a brilhar ao lado de deus...saudades das manhãs de primavera,das tardes daqueles domingos de verão....das noites de inverno acompanhadas de uma taça de vinho tinto....seco,como meu pai gostava de beber....saudades das folhas das hortências,tão formosas,esplhadas pelo chão na primavera gaúcha,das gotas de orvlho tranformando-se lentamente em gelo formando esculturas abstratas por entre a paisagem..dos campos cobertos de geada nas manhãs que ia tirar leite com vovô...enfim...saudade,irmã da melancolia,alma gêmea da solidão,"saudade" só existe na lingua portuguesa...fico me perguntando como outras culturas exprimem tal sentimento,sem saber definir em uma palavra o que sentem...quem nunca teve saudade na vida,nunca teve momentos de felicidades no passado,seja ele recente ou distante....desejo a voces,doces pessoas,que tenham muita saudade ainda pra guardar no lado esquerdo do peito....que seja duradoura essa falta anunciada,que seja bela.....que seja do bem..que seja doce...
terça-feira, 18 de agosto de 2009
Para a Chuva que me banhou.
Quando eu era pequena, minha mãe me falou que independente do caminho que eu fosse seguir existiria tempestades. Com meu pai, eu cresci escutando: “Quem está na chuva, é para se molhar.” Mesmo assim, tempos atrás, quando você chegou pra mim, eu não quis me molhar.
É dona Chuva, você me pegou de surpresa e esfregou no meu rosto de moleca levada que eu não tinha todos aqueles super-poderes que pensava. Eu era vulnerável e não sabia.
Não me esqueço nunca do dia em que o travesseiro da minha cama absorveu lágrimas de amor pela primeira vez. Logo eu que tinha PhD em brincar com o coração alheio. Mas com aquele, foi diferente. Aqui se encaixa bem um trecho que já li por ai: “Se o deixar partir morrerá. E a morte do coração é a morte mais horrível que existe.” E eu não só o deixei ir embora, como expulsei.
E como aquilo me doeu; como a minha inexperiência com a vida me custou caro; e como eu aprendi do modo mais duro que pessoas foram feitas para serem amadas, e não pisadas.
Eu nunca vou esquecer o que me disseram no banco daquela praça: “Menina, você pode passar por tudo, pode mandar todos irem embora, só não deixe o amor ir, pois é ele quem anestesia a dor causada pelo mundo”.
A maquiagem pra fazer o rosto ficar bonito estava lhe deixando mais manchado que o coração que estava ferido por dentro por se achar esperto.
O amor tinha ido embora. A minha casa de dentro não era bonita e sentimento puro não pode se contaminar.
Chuva, você sabia que eu era dura e não me importava em ser assim. Foi quando você se transformou em Tempestade para ver se eu derretia um pouco. Mas eu não era açúcar feito as pessoas bonitas. Eu era pedra.
Passaram amigos querendo me dar abrigo e eu não quis. Eu era pedra. E como isso me doía.
Até que um dia, eu me dei por vencida e pedi ajuda. É, eu não nego, eu pedi ajuda! A pedra foi furada e as flores do peito foram regadas.
À medida que eu ia desabafando com um desses anjos que a gente escolhe, não sei como, você foi entrando e limpando essa minha casa.
Hoje de manhã, ao abrir as portas do meu quarto, parece que eu vi o Sol. E se hoje eu sou cheia de flores, eu agradeço a você.
E nessa carta, eu lhe prometo que, por mais que eu tenha medo de você, por mais que eu não goste de quando o tempo fecha, eu não vou mais te resistir. Porque quem está na Chuva é pra se molhar. E se você veio me visitar é porque eu estou precisando crescer mais um pouco. Prometo-lhe também cuidar direitinho das pessoas que me querem feliz. O coração já não está cabendo no meu peito faz tempo, penso que seja por você ter feito reviver tanta flor dentro dele. Talvez seja o tempo de eu começar a espalhar essas flores apaixonadas pelo mundo.
E se por um acaso faltar amor, por favor, regue, regue muito pra mim até você achar que está bom. Porque com você Dona Chuva, eu não me atrevo nunca mais!
Ah, só permita-me um último desaforo de moleca levada: Talvez eu te deixe irritada só até você virar Tempestade, porque eu já sei que depois da Tempestade, vem a Bonança. E pelo o que eu estou vendo daqui do meu quarto, ela é boa.
“Se hoje o sol sair, eu te prometo o céu.”
Aos meus botões,

Apesar de dodóizinha...fazia algum tempo que não
me sentia assim em paz, leve, livre!
Já não tenho motivos pra quele peso,nos ombros pensamentos e coração;
Parece estranho mais não sinto que acabariam as coisas de maneira muito diferente, uma hora teria que
desfazer esse laço, me deixei atada por mto tempo e por mto não encherguei o que estava ali estampado naminha frente
Mas ninguém conheçe ninguém 100% ?
Bom pelo menos guardo comigo apenas o que foi bom,
e as cenas dos últimos capitulos , guardo como lição:
Nunca confiar a tal ponto!
Será que consigo?
Não importa não, ainda acredito em finais felizes, em amizades verdadeiras e que tudo sempre acontece por alguma razão...nada é ao acaso!
Então espero aqui de olho no futuro, algo bom ,pessoas
melhores no meu caminho!
Obs:. Sem esquecer daqueles que me fizeram sorrir, emprestaram o ombro ouvidos, mesmo a cada dia um obstáculo a menos, o bom da vida é que ela sempre permite que façamos novas escolhas, novos rumos...
São Paulo,05 de agosto 2009 -
sexta-feira, 14 de agosto de 2009
Aos prazeres Amelísticos.
As estrelas ajudam a iluminar a noite até que o Sol possa se responsabilizar pela tarefa de iluminar o dia. Os caminhos estão sempre iluminados. Quando acorda, o café te espera e o cheiro faz você lembrar da avó ou da tia. Infância. A sensação é boa. Toma um banho bem quentinho pra se sentir melhor. Organizar o tal dos pensamentos. Sair pra trabalhar é muito bom. As flores no caminho são amarelas, elas brilham demais em contraste com o Sol, que por sua vez aquece o rosto, a alma, o que ninguém mais aquece. Embora cada pessoa seja diferente, temos algo em comum, o prazer pelas pequenas coisas (mesmo que não seja notável). Quem não escreve cartas, costuma sorrir quando recebe uma. Quem as escreve, sorri mais ainda!
Você perdeu o ônibus, mas olha só a nuvem que tem formato de urso. Urso Polar. O ônibus passa de novo e o amigo antigo que você não via há tempos está sentado no último banco. Os últimos serão os primeiros, bem diz o ditado. Conversas, gargalhadas, nada paga aquele momento. Mas veja bem, um real no chão. Poderia ser do moço que ia comprar o pão, mas não é não! Não carece de pensar coisa assim, a vida é bonita por demais! Tá chovendo dinheiro do céu. Dinheiro que por sua vez não compra felicidade e que roubou o lugar da chuva.
O seu trabalho é cansativo, mas tem o porteiro do prédio que conta piadas. Você ri no fim do dia. Volta pra casa. Não encontra amigos, toma banho, e depois vem o jantar! Olha só, você tem um jantar, vez ou outra faz bem agradecer! Lembra da cama quentinha que te espera. Diz que o dia foi ruim, mas esqueceu do cheiro do café que lembra a avó e das gargalhadas que sempre fazem bem a alma. Dorme. Tem gente que dorme pra esquecer, outros dormem pra não lembrar. Alguns nem dormem. Mundão cheio de diferenças! Tá frio, vai dormir... Daqui a pouco você sonha de novo com os querubins que dançam. Olha só. Dessa vez eles também sorriem. Logo mais eles cantam. Despertador faz barulho pra indicar que é hora de acordar pra vida!
É bom termos vocês por perto, pequenos prazeres do dia a dia...
A chuva cai, mas já já tem Sol. Logo mais aparece o arco íris. Enquanto isso é bom lembrar que brincar na chuva faz bem.
Beijos.
Estejam por perto.
Noemyr. Brasília, 14 de agosto de 2009.
Nota: Para quem não sabe, "Prazeres Amelísticos" é apenas um termo usado para fazer referência aos pequenos detalhes da vida. Os detalhes que a fazem melhor. Coisas que quase ninguém percebe, mas que nos fazem um bem danado! Aos que quiserem, fica a dica do filme: "O Fabuloso Destino de Amélie Poulain". O termo foi inspirado no filme ;)
quarta-feira, 12 de agosto de 2009
A Julia,
Sei que ocê carrega um fardo na alma, mas é que as coisas se tornam mais leves se a gente cantar. Borandá, menina, que estradão é grande e margeado de boninas.
Um xero, Mil xeros
PS: Se acalma e vem, confia em tua corage mais uma vez, e outra, e outra, e sempre!
segunda-feira, 10 de agosto de 2009
Daddy...
Quando eu era criança, eu te amava tanto, pai. Eu sentia muito a cada vez que percebia como a vida estava nos afastando. Talvez seja por isso que eu tenha me agarrado tanto aos meus irmãos. Talvez seja por isso que eu os ame tão incondicionalmente hoje. E é por isso que eu sofro tanto com o afastamento do Leandro. É como se eu sentisse que ele faz o mesmo que você. A cada vez que ele some e reaparece como se nada houvesse acontecido, eu vejo nele você mesmo, pai. Não quero que ele tente compensar a falta que faz com coisas materiais. Eu só quero a companhia dele. Assim como eu quis a sua.
Pai, eu só queria que você soubesse que te entendo muito mais agora. O amadurecimento me fez entender tantas coisas. Faz pouco tempo que tive o primeiro contato com seus outros filhos. Sabe, era difícil para mim entender que eles também te chamavam de pai. Eles já têm onze anos, não é mesmo? Estranho pensar que eu demorei onze anos para deixar de lado as mágoas que tinha deles. Desculpe, eu estou um pouco atrasada. E errei. Não deveria, em momento algum, ter sentido raiva de duas crianças. Mas sempre há tempo de deixar de lado sentimentos que não levam a nada a não ser tristeza.
Conte sempre comigo.
Laís, ouvindo "Tudo que vai".
"Hoje é o dia...
E eu quase posso tocar o silêncio.
A casa vazia. Só as coisas que você não quis me fazem companhia.
Eu fico à vontade com a sua ausência. Eu já me acostumei a esquecer...
Tudo que vai deixa o gosto, deixa as fotos. Quanto tempo faz...
Deixa os dedos, deixa a memória..."
domingo, 9 de agosto de 2009
Pai e mãe, meus queridos
Mas sabe, essa é a primeira carta que escrevo para um blog que gosto muito. É, mãe, tem Caio na essência! Portanto, queria que a minha estréia falasse de vocês, minhas jóias.
Antes, gostaria de agradecer a Deus por ter vos dado a mim, pessoas iluminadas, para me ensinar a ser um ser humano capaz de amar, respeitar e dar carinho. Agora, quero me dirigir apenas a vocês, meus exemplos.
Mãezinha, feliz aniversário! Te desejo toda a força e fé do mundo para se manter forte e sólida num lugar que, por muitas vezes, não preza as razões sadias. Parabéns, mulher virtuosa!
Paizinho, feliz dia dos Pais! A você, eu desejo toda a paciência e sensatez para continuar sendo esse homem de valor e pai exemplar.
Obrigada por vocês darem tanto amor e carinho a mim e ao irmão, meu bebê. Perdoem todas as nossas falhas e, por mais que possa ser doloroso para nós dois, corrija-as (mas com muito amor, que é para não nos doer tanto).
A vocês, eu mando “a minha melhor vibração de axé”.
p.s.: A todos os pais, desejo muito amor. Que esse dia do ano que lhes é oferecido como homenagem, seja digno. Cuidem muito bem dessas pedras raras que vocês geram e lapidam, que é para vivermos num mundo melhor. E nunca se esqueçam: a maior e melhor herança que vocês podem deixar para seus filhos, não se encontram na matéria, se encontram é no sentimento bonito que é cultivado no coração deles. Pois, tempestades externas irão ocorrer, mas a solução está é na bonança interna que é carregada no peito.
Juiz de Fora, 09 de agosto de 2009.
Rayssa Nogueira
sexta-feira, 7 de agosto de 2009
Relato de uma conversa sem resposta.
Wesley, meu querido, certa vez estávamos conversando, e eu te indaguei o motivo pelo qual nós não fazemos mais tolas poesias infantis. Perguntei-te o que estava travando minha garganta, me impedindo de gesticular as palavras como em tempos atrás.
Tu me disseste que a vida havia ficado pouco poética.
Ahh, meu caro...estas tuas palavras me golpearam fundo...senti uma dor indescritível e calei-me.
Meu querido, o choque da tua resposta me deixou pensativa, e agora tuas palavras não saem da minha mente, e é inevitável negar que as lembranças possuem mais poesia que as esperanças, assim como as antigas colunas da Grécia, são muito mais belas que as etapas de uma moderna construção, e a vida possui muito mais musicalidade que uma filarmônica; mas não podemos viver do passado..é impossível sermos o passado.
Como você mesmo diz: VAMOS CONSTRUIR J
Vamos lá, meu querido... ♪♪’’Levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima'' ♪♪
Vamos inovar, modificar... Vamos inventar um presente poético.
quinta-feira, 6 de agosto de 2009
Paii
Confesso que sinto inveja de pais e filhos que tem uma relação de amizade,cumplicidade,queria ter um pai-amigo,uma mãe-amiga mas infelizmente não tenho...mas juro que tento e vou continuar nessa luta pra conseguir ser uma filha melhor uma pessoa melhor.O problema é essa ferida que não cura nunca...de vez enquanto ela ainda sangra e dói.
Hoje eu sei que sou fria com você pai,que não tenho nenhum tipo de carinho,amor,juro que tento me aproximar quebrar essa parede que se formou,essa maldita parede que me separa de você,a culpa não é minha e sim dessa ferida antiga pela qual provocou muita dor,e pra sempre perdeu-se no momento em que cessou de doer,embora lateje loucas nos dias de chuva.
Pai desculpas pelas palavras ditas,pelas atitudes,mas tudo que fiz foi em conseqüência dessa decepção que sofri mas hoje eu sei que ninguém é perfeito todo mundo era então porque você não erraria?Juro que tento quebrar esse gelo mas não consigo e não sei o que fazer juro como não sei,o que eu sei que apesar de toda dor,sofrimento eu te amo apesar de tudo ... É um amor único,verdadeiro que vou levar pro resto da minha vida.
"Pai!
Pode ser que daqui a algum tempo
Haja tempo prá gente ser mais
Muito mais que dois grandes amigos
Pai e filho talvez...
Me perdoa essa insegurança
Que eu não sou mais
Aquela criança
Que um dia morrendo de medo
Nos teus braços você fez segredo
Nos teus passos você foi mais eu...
Nem você nem ninguém tá sozinho
Você faz parte desse caminho
Que hoje eu sigo em paz
Pai! Paz!..."
quarta-feira, 5 de agosto de 2009
terça-feira, 4 de agosto de 2009
Uma conversa complicada...
Não esqueça, estou esperando por novidades!
Carol.
p.s. ...que seja doce.
Para a minha consciência!

Hoje que estou mais crescida vejo a sua importância. É que eu aprendi com o amor e com a dor que não há nada melhor do que tê-la limpa. E tem mais, aquela historia do travesseiro é bem verdade, tão bom deitar e dormir em paz, voltar o seu dia, passo a passo e perceber que ele foi conduzido de uma forma correta e que se fez o melhor para si e para outrem.
Há um bom tempo eu não consigo mais rir de você, eu confesso. Sinto um aperto no coração quando recebo alguma reclamação sua, vendo que quebrei algum dos meus ideais, que não agi como deveria. As coisas mudaram e não são mais bobas como outrora e que agora qualquer erro conta muito, conta uma noite sem dormir, uma vida modificada, uma promessa quebrada...
Ninguém aqui é santo, você sabe bem. Todos cometemos erros, equívocos, mas quando tentamos nos redimir, já é um grande passo. E tu, ensinas isso bem. A assumir as conseqüências dos nossos atos e seguir...
Mas o que eu queria mesmo era te pedir pra não voltar a ser aquilo que era antes pra mim, não quero mais rir de você. E pedir também para que não me deixes sozinha, é que eu preciso mesmo desses conselhos, que ditam meus caminhos e me esquivam daquilo que não é justo, que não é digno. Para que eu possa seguir, para que eu possa dormir em paz comigo, ainda que em guerra com o resto do mundo...
segunda-feira, 3 de agosto de 2009
A Isis Banzatto,
Neves Paulista, 03 de Agosto de 2009
Mas coração da gente é rubi, menina. Ele é teu bem mais precioso. Não deixe que as pessoas te convençam do contrário. Tenha fé. O sol já vem todo pimposo pra tirar aquele cheiro de roupa mofada. Bota os trapos de molho, até ficar tudo branquinho, sem mancha nem mágoa. É assim que se faz também com o encardido da alma. Vezenquando a gente tem é que tomar um banho de chuveiro por dentro. Porque sentimento ruim não é bom guardar. Depois você vai ver que vai crescer um jardim no teu peito. Com um montão de flores, cores e borboletas. Vai sentir até gosto de sonho na boca.
Bonita, vai seguindo teu caminho que ele é bordado de estrelas. E deixa o coração ser teu guia. Coragem a gente precisa só no comecinho, depois o medo vai-se embora e tudo fica flutuável que nem tapete do Aladim. Só não se esqueça de recolher os cacos que sobraram, no caminho, pra fazer teu vitral. Cheio de tudo quanto é cor. E cheio de tudo quanto é lembrança. Das boas, porque as feias a gente tem é que jogar no lixo. Porque delas não nasce flor.
Cris Carvalho
PS: O amor quer chegar, eu deixo.
domingo, 2 de agosto de 2009
Ao Sr. Aníbal

Eu me formei no fim do ano passado, Vô. Foi uma luta e tanto pra conseguir isso. Tenho certeza de que o senhor ficará orgulhoso com a notícia. Tempos atrás eu andei bebendo demais, fumando demais, sofrendo demais. Mas agora eu estou bem, não se preocupe. Achei um moço lindo, Nonô, o senhor tinha que conhecê-lo. Ele tem me feito um bem danado, tá me dando forças pra continuar seguindo em frente, nessa vida tão cheia de dias difíceis. Eu sinto muito a sua falta e a da Vó, que partiu para se encontrar contigo há mais de cinco anos.
A casinha onde vocês moravam ainda existe. O tio tá morando lá por uns tempos até terminar a construção da casa dele. O pai ainda está na casa dos fundos. Acho que o pai deve construir lá ainda esse ano. Apareceu uma moça na vida dele (o senhor ia gostar dela), parece que vai sair casamento, de novo!(espero que dessa vez o pai sossegue). A minha irmã foi pra Espanha tem dois anos. Agora ela tá voltando, com marido e tudo(o casamento é em outubro)! A primeira neta do senhor a se casar. O pai e o tio estão doentes. Diabéticos. Os dois. Descobriram faz menos de um mês. Agora entraram em dieta, parece que vão largar o cigarro de vez e a cerveja também. Eu vi que eles ficaram com medo, Vô. Mas agora é só tratar direitinho que fica tudo bem. Depois dos quarenta tem que se cuidar mais, né?
A Vovó tá boa? Fala pra ela que eu tô com uma saudade danada do feijão que ela faz. E do pão caseiro também. Aqui, os netos estão todos bem - estudando e com saúde. A gente vai levando, né? Tem dias que eu vejo o pai triste, num canto. Tenho certeza que ele pensa muito em vocês. Todos nós pensamos. Eu peguei de recordação aquele rádio à pilha que ficava no cantinho da sua cama. Ele ainda funciona! Peguei aquele dá Vó que ficava na cozinha também. Tive medo de sumirem com eles. Agora eles ficam aqui comigo, tô conservando direitinho, que é pra durar a vida toda.
Tenho certeza de que vocês dois estão bem. Bem melhor do que aqui nesse mundo maluco. Agora vocês dois são uma espécie de anjos, tenho certeza. O Senhor Vô, com essa áurea mais branca que chega a reluzir. É, sem dúvida, a pessoa mais iluminada que eu já vi. Eu vou me despedindo por aqui, mas prometo lhe escrever mais vezes. Dá um abraço forte na Vó, essa baixinha que sempre teve a força de um leão. Diz pra ela que eu a amo. Eu te amo também, Nonô. Quero só fazer um pedido: Se for possível, olhe por nós que ainda estamos nessa Terra confusa. Dê uma forcinha para que os dias sejam mais azuis, que o sol brilhe intensamente e que os nossos corações possam se encher de paz.
Com saudade, sempre.
da sua neta,
Suhellen.
PS: Que seja doce o que vier...
sábado, 1 de agosto de 2009
Carta a ele: para sempre, meu irmão.

Ó, irmão, como permitimos que tudo chegasse a esse ponto?
Cadê aquele menino brincalhão que costumava fazer parte dessa família?
Queria que você estivesse aqui de vez em quando. Essa cidade não é tão ruim assim. Foi aqui que crescemos. Aqui está o nosso passado. É aqui que ainda habita meu presente. Há pessoas que te amam tanto nesse lugarzinho que você tanto evita...
Eu me lembro quando éramos pequenos. Você, com seus cabelos tão loiros que quase pareciam brancos. Você foi uma criança linda, irmão.
Sabe, eu já não sou mais a sua “tampinha”. Reparaste como eu cresci?
É, o tempo passou. Ele sempre passa....
Ó, irmão, preciso te contar uma coisa! A sua irmã será uma mulher das leis! Quem diria, não é mesmo? Aquela pequerrucha chorona que você conheceu está enfrentando o futuro...
Irmão, se você quiser vir de vez em quando, venha. A porta estará aberta. Eu prometo ficar acordada esperando você chegar. Só não acho justo as coisas continuarem a se perder dessa maneira.

Poxa, irmão, para que tanto afastamento? Eu acho que você colocou tantas pessoas em seu coração e esqueceu de reservar o meu lugarzinho lá. No entanto, a vida não é feita de substituições. Só acréscimos. Não é preciso excluir pessoas de sua vida a fim de outras caberem. Quando se tem um coração grande, todos podem ocupá-lo.
Irmão, a mãe continua com aquela esperança inabalável em nós, sabia? Entenda-a. Não é possível que você tenha esquecido como ela sofreu para que chegássemos onde estamos.
Preciso confessar uma coisa: sinto tanta falta dos dias de música. Sinto falta daquela barulheira que deixava os vizinhos malucos. Sinto falta das nossas tardes de brincadeiras, dos jogos de tabuleiros, do vídeo-game, dos doces preparados na cozinha e das panelas que deixávamos queimar. Sinto falta de quando me ensinava a tocar guitarra. Sinto falta de tantas coisas. Queria tanto que você viesse. Quem sabe, poderíamos fazer tudo de novo! Quem sabe, você poderia pegar a bola de vôlei e me ensinar a jogar sem acertar as plantas da mamãe. Quem sabe, poderia me chamar daqueles apelidos que só você conseguia inventar. Quem sabe, poderíamos nos sentir crianças de novo. Quem sabe...
Ó, irmão, eu te amo tanto. Para mim, você sempre será a pessoa que eu tanto me orgulho. Se a vida te leva pra longe, meu coração te traz para perto.
Venha quando quiser.
Acho que tudo isso que escrevi tem um nome, irmão. Sabe qual? Saudade.
“Eu só quero que você siga para onde você quiser que eu não vou ficar muito atrás.”
Tô com sintomas de saudade. Tô pensando em você.
Abraço forte,
Lá, a sua eterna irmãzinha.