quarta-feira, 7 de março de 2012

Mais que laços, nós.: com muito coração

Mais que laços, nós.: com muito coração: Os dias não a esmagarão, nem com toda força que há no cotidiano. Ela encontrará meios de sacudir a poeira do tempo e bordar uma história...

quinta-feira, 5 de maio de 2011

A quem possa interessar

Uberlândia, 05 de maio de 2011.

Dizem que sou leão, ascendente em escorpião, mas não sei bem o que isso quer dizer.
Ao longo dos meus 24 anos tenho tentado ser alguma coisa além de um mísero grão de areia neste mundo. Também não sei se minhas tentativas são/foram bem sucedidas.

Fiz poucos amigos, mas creio que bons. Muitos tropeços, mas grandes acertos.
Lutei incansavelmente contra a mania de me julgar auto-suficiente.

Aprendi a amar. Mais importante que isso: aprendi a conviver.

Acho que sempre consegui demonstrar meus sentimentos de forma clara, a quem quer que fosse.
Digo o que penso, quando quero e como quero. Isso machuca um pouco as pessoas e me machuca também.
A sinceridade faz parte e eu detesto quando duvidam de mim.

Tenho caráter. 

Talvez devesse parar de me preocupar com o que os outros pensam. Mas na verdade ainda somos muito mais a imagem que os outros vêem que qualquer outra coisa.

Hoje eu sou minhas tentativas. Minhas expectativas. Trabalho pra caramba. Estudo também. E amo muito alguém. Com a maior sinceridade que a palavra amor possa representar.  Tenho tudo pra chegar em algum lugar. Só falta definir onde.


Suhellen S.
 

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Para minhas bonitas:
Pri, Bru, Lídia, Ziris e Duda

"Deus não é severo mais.
Suas rugas, sua boca vincada
são marcas de expressão de
tanto sorrir pra mim."

[Adélia Prado]


Deus tem sido muito bom comigo. Vezenquando, ele me sorri, brinca de acender céu e me fazer ouvir estrelas. Longe daquele Deus que eu tanto temi quando criança. Longe daquele Deus rancoroso que nos mostra o antigo testamento. Deus tem apaziguado meu caminho. Tem colocado mais flores que pedras.
Tenho pensado, nos últimos dias, em como Deus escolhe a dedo as pessoas que coloca perto da gente. E que, sem essas pessoas, as coisas seriam outras e a sorte, pequena. Tenho pensando, nos últimos dias, em como ele coloca uma luz, quando tudo parece não fazer sentido. Tenho aprendido muito. Tenho me enchido de luz. Tenho agradecido também, pelas coisas que alcancei, pelas mudas de sol postas no caminho, pelas gentes luzeiras e sorrisos bonitos. Tenho agradecido também pelas coisas feias que me atravancaram o caminho, mas que me tornaram mais forte e pronta pra enfrentar a vida. Tenho agradecido pelas ciladas do tempo, que só têm aumentado a minha fé e meu 'olhar com amor' para o mundo.
E, do meu jeito, tento retribuir da forma mais simples que sei: transbordando amor. Amor nas palavras, amor nos sorrisos, amor em tudo que eu faço, amor em tudo que eu vejo. Porque Amar, como diria a Dona Ana Bonita, já é uma forma de prece.
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Então, eu amo!
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Neves Paulista, 11 de janeiro de 2011
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quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Ela e Eu.

O tempo voa junto com os pensamentos. Passos lentos, mochila nas costas, uma mão no bolso e a outra também. Sentindo o sabor de cala lágrima caída, passando pelos lábios. No rosto, um óculos escuro, cobrindo, praticamente, todo. Tudo isso, pra se sentir segura. Pra ninguém ver o futuro pelos olhos dela. Todo começo de cada sentir, a chuva caía. Uma mistura de frio e calor, seco e molhado, e assim seguia. Olhando pro céu, não se via a lua, nem estrelas. Sim, era noite e ela usava óculos. Não por falta de colírio, pois não existe o porquê esconder nada de ninguém, mas sim, pelo futuro daquele olhar. Também, por conta da tristeza que é só dela. Coisas assim, de ela pra ela. Uma saudade só dela, um sentir, um gosto, uma vontade, tudo. Não existem ponteiros nessas horas. Tira uma das mãos do bolso com um dinheiro, e solta um sorriso de canto ao comprar uma barra de chocolate. É, uma mulher menina. Eterna menina. Não tem pressa. Tudo gira. Ela vai se perdendo nos pontos de tudo. Desse texto, da vida, de tudo o que vê, do agora.
Sentada numa esteira, vê a lua andando no vento. Não havia núvens no céu. Ela tava de vermelho e preto em plena segunda-feira. Às vezes, dava cada pulo, que parecia alcançar as estrelas. Voava. Ela, ali parada, admirando cada gesto, cada segundo de cada passo e olhar. Tudo muito lindo.
Cabelos ao vento, o coração guardando as melodias da verdade e os olhos misteriosos escondidos. Ela é e sempre foi assim. Brinca de esconder algumas coisas. Ninguém sabe, mas eu já descobri muitas coisas. E algumas pessoas, estranhamente, também. Falo de um pensar de uma música, e a outra pessoa que não é ela nem eu, começa a cantar. É tão instigante isso tudo. Nós achamos. É o conversar de olhos. Nós amamos os olhares e o que eles dizem. Ela acha mais engraçado do que eu, quando o olhar contradiz o que a boca fala. O de dentro entende mais, por isso ela solta gargalhadas que às vezes, eu não entendo, mas me melhora.
A deixo só e de longe, a observo. Ela nunca me deixou só, mas prefere ficar só. Amamos velas, músicas, vinhos e pessoas de sentimentos de verdade. Ela e eu, misturamos alma e coração. É tão gostoso de se sentir...
O olhar sutil da lua, os sentimentos guardados, a chuva, os óculos em todas as horas e um sorriso de canto de boca. Agora ela e eu estamos vendo fumaças de incenso e seu bailado no vento. Já é dia, vamos dormir com a lembrança daquele sorriso da lua, da vida. Sem distância, tudo em nosso peito. Dela e meu. Nosso relicário secreto. Nos Deitamos. Ela, Eu... Ah! Sem despedidas, por favor. Estamos sempre juntas num só corpo.


- me perdoem não postar na data certa. é que preciso fazer isso agora. Beijo!

domingo, 29 de agosto de 2010

Pra quem continua tentando


'Felicidade talvez seja isso: alegria de recolher da
terra que somos, frutos que sejam agradáveis aos olhos!'

[Pe. Fábio de Melo]


Hoje as dores são demais para nós, sonhadores, que tivemos nossos sonhos amputados. Sonhos encardidos com a força do tempo. Tento olhar para trás e me imaginar criança com os olhos de agora. Tanta inocência, tanto afeto que abraçava com as duas mãos. Agora, um baú de esgotamento, que luta todo santo dia pra manter a chama acesa, bem dentro, bem forte.
Às vezes, um punhado de horas por dia, me bate no peito a voz da desistência, que me ameaça com a cara mais pálida que há no mundo, me dizendo coisas absurdas, mas que me são tão mais fáceis e acessíveis. - Desista - ela diz. Às vezes eu retruco, brigo com ela. Outras tantas, sou eu quem chora baixinho.
Nó no peito, sorriso apertado, o tempo passando feito um monte de areia escorrendo na palma da mão e, você estancado, em cima do muro, com medo de dar o passo. Aí se olha pra trás e vê o quanto a caminhada foi longa e as dores maiores ainda. A voz da desilusão insiste em atravancar o caminho. Estende um copo de dúvidas na nossa frente.
Mas como nesse terreno da vida o que vale é o que você planta nele, do nada, surge uma penca de girassóis e aponta um céu. Um céu de escolhas felizes e tão mais claras. Esses girassóis costumam chegar quando você menos espera. Mas você sabe o momento em que eles chegam pelo cheiro de carinho no ar. Cheiro de abraço de amigo, colo de mãe. Cheiro de bolo saindo do forno e passeio de domingo no parque.
É nessas horas que você percebe que Deus não desiste nunca. E que ele sempre prepara surpresas risonhas pros nossos caminhos. Embrulha tudo com papel de ternura. Mas pra você recebê-las terá de ter um coração aberto e tranquilo. Terreno fértil que dá frutos da mellhor qualidade. Por isso, quando chegar a hora de dormir, não esqueça de acender a vela da fé, aquela que mora no coração e que acende a alma. A única vela que nos mostra o rumo.


“Sobre todos aqueles que ainda continuam tentando,
Deus, derrama teu sol mais luminoso”

[Caio F]


Neves Paulista, São Paulo

Cris Carvalho

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Vácuo


Dentre dores, rumores, amores, um pouco de você.
Um pouco da sua alegria, que talvez tenha restado em mim.
Enquanto tomo mais um copo de chá, a chuva cai lá fora. Uma chuva fina. Ela me fez lembrar de quando cortei meu dedo com uma folha de papel. Aquele papel com aquele escrito seu. Uma dor fina e molhada, feito essa chuva de agora.
A cada gole, percebo que o tempo passou sem passar. O passou, me remete a outros sentimentos. Outras pessoas. O sem passar, a você, que mesmo com o passou, tudo parecendo ter ido, onde na verdade foi adormecido. É isso.
Um amigo uma vez me disse a seguinte frase: “Te acalma, existem coisas que precisam ser adormecidas para que sejam acordadas no momento certo. Se não, a vida se encarrega de apagar de vez.” – Pois é. Depois de tanto tempo a sua alma não foi apagada da minha.
Sou uma pessoa cheia de quereres. Quereres das coisas mesmo. Ou a própria música de Caetano Veloso – Os Quereres “ - Ah bruta flor do querer”. Na verdade, me refiro também, “a garota tão louca” que Gonzaguinha fala na música –Maravida-. Não sou diferente. Não somos.
Engraçado quando me pego olhando pro espelho e nele reflete outra imagem que não sou eu. Incrível como isso acontece, estranho também, às vezes engraçado.
Gostaria de estar tomando um vinho seco agora. Sabe aquele vinho com gosto de madrugada? Mas... não tenho vinho. Cigarro aqui até tem, mas, pra falar a verdade... não tenho vontade de fumar. Não poder e querer são coisas diferentes não é? Não posso e nem quero fumar. Confesso sentir falta da dança que a fumaça faz... ainda mais com a companhia de um belo vinho seco. – Bebo mais um gole de chá – maçã, cravo e canela- é o que me resta pra uma noite de gotas finas descompassadas.
O silêncio de agora, me tráz sons de flautas, de bumbo que é o meu próprio coração e o sangue correndo em meu corpo. Tudo é música. Até o cheiro é música agora. Esse cheiro de nada que o tempo às vezes deixa.
Mas, que contradição... Está caindo uma chuva fina lá fora e aqui dentro, ao invés de ter cheiro de chuva, não tem cheiro de nada do tempo. Acreditem... É a mais pura verdade. É o cheiro da morte do tempo. Não a morte propriamente dita. Mas o cheiro de tempo perdido por escolhas que não foram as minhas. Não por completo, se é que existe o completo dessas escolhas.
Agora deixo vir o que é de vir mesmo. Fico cá com a chuva e os sons do seu infinito que também é meu. Não há diferença, só igualdade. Hoje, talvez, nem saiba quem é... Mas você sabe que eu sei. Sei da parte que sou eu e da parte que é você. Somos uma grande parte de um futuro com cheiro de nada nesse exato momento – estou me confundindo. O que quis dizer com isso foi: - me procure em você, assim, se achará novamente. Ou foi o contrário? Talvez tenha sido ...

“Isso” .

terça-feira, 11 de maio de 2010

ei, psiu!

Pra você que falou mal de mim

Penso que, se uma pessoa me faz rir, já é do bem e vira amiga. Porque gente luzeira, desse jeito, tá dificil de achar hoje em dia. Então, me agarro a ela como se fosse minha salvação. Salvação de um dia morno e cinza. Gosto de gente espontânea e colorida. Daquelas que distribuem sorrisos de graça. Não importa se é preto, branco, amarelo. Não importa se a opção sexual dela seja outra. Tá me entendendo, ô cara pálida?
Fico pensando no que é que as pessoas ganham, ao excluir do seu meio, uma pessoa que escolheu um outro caminho. E entendo menos ainda, quando essas mesmas pessoas julgam de forma preconceituosa e agressiva as pessoas que as escolhem como amigas. Mas tô nem aí pra vocês, ó! Gente de cara amarrada, que só dá coice porque não aprendeu a sorrir. Que não aprendeu a ser feliz. Que não aprendeu a ver a beleza e a delícia que a vida é. E é pra essa pessoa que eu digo: Se quiser andar com a gente, pode vir. A gente ouve Lady Gaga bem alto no carro. A gente canta e dança enquanto dirige. A gente se acaba numa pista de dança. A gente pinta as unhas de rosa chicleteee. E a gente também costuma estender a mão pra quem joga pedra. A gente devolve sorriso pra quem mostra a língua. A gente anda de salto alto enquanto você, de sandália havaianas. Porque a alegria de viver, meu bem, não se aprende e não se compra numa botique da esquina.

PRONTOFALEI!

Cris Carvalho

Neves Paulista, 11 de Maio de 2010

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