
Dentre dores, rumores, amores, um pouco de você.
Um pouco da sua alegria, que talvez tenha restado em mim.
Enquanto tomo mais um copo de chá, a chuva cai lá fora. Uma chuva fina. Ela me fez lembrar de quando cortei meu dedo com uma folha de papel. Aquele papel com aquele escrito seu. Uma dor fina e molhada, feito essa chuva de agora.
A cada gole, percebo que o tempo passou sem passar. O passou, me remete a outros sentimentos. Outras pessoas. O sem passar, a você, que mesmo com o passou, tudo parecendo ter ido, onde na verdade foi adormecido. É isso.
Um amigo uma vez me disse a seguinte frase: “Te acalma, existem coisas que precisam ser adormecidas para que sejam acordadas no momento certo. Se não, a vida se encarrega de apagar de vez.” – Pois é. Depois de tanto tempo a sua alma não foi apagada da minha.
Sou uma pessoa cheia de quereres. Quereres das coisas mesmo. Ou a própria música de Caetano Veloso – Os Quereres “ - Ah bruta flor do querer”. Na verdade, me refiro também, “a garota tão louca” que Gonzaguinha fala na música –Maravida-. Não sou diferente. Não somos.
Engraçado quando me pego olhando pro espelho e nele reflete outra imagem que não sou eu. Incrível como isso acontece, estranho também, às vezes engraçado.
Gostaria de estar tomando um vinho seco agora. Sabe aquele vinho com gosto de madrugada? Mas... não tenho vinho. Cigarro aqui até tem, mas, pra falar a verdade... não tenho vontade de fumar. Não poder e querer são coisas diferentes não é? Não posso e nem quero fumar. Confesso sentir falta da dança que a fumaça faz... ainda mais com a companhia de um belo vinho seco. – Bebo mais um gole de chá – maçã, cravo e canela- é o que me resta pra uma noite de gotas finas descompassadas.
O silêncio de agora, me tráz sons de flautas, de bumbo que é o meu próprio coração e o sangue correndo em meu corpo. Tudo é música. Até o cheiro é música agora. Esse cheiro de nada que o tempo às vezes deixa.
Mas, que contradição... Está caindo uma chuva fina lá fora e aqui dentro, ao invés de ter cheiro de chuva, não tem cheiro de nada do tempo. Acreditem... É a mais pura verdade. É o cheiro da morte do tempo. Não a morte propriamente dita. Mas o cheiro de tempo perdido por escolhas que não foram as minhas. Não por completo, se é que existe o completo dessas escolhas.
Agora deixo vir o que é de vir mesmo. Fico cá com a chuva e os sons do seu infinito que também é meu. Não há diferença, só igualdade. Hoje, talvez, nem saiba quem é... Mas você sabe que eu sei. Sei da parte que sou eu e da parte que é você. Somos uma grande parte de um futuro com cheiro de nada nesse exato momento – estou me confundindo. O que quis dizer com isso foi: - me procure em você, assim, se achará novamente. Ou foi o contrário? Talvez tenha sido ...
“Isso” .
Nossa, Mandica! Amei o texto =)
ResponderExcluirLindo, lindo... Expos seus sentimentos de forma tão linda,
Um beijo =*
lindo demais *-* Viajei no tempo agora. A sutileza de palavras.
ResponderExcluirQue belo texto de mulher depetalada.
ResponderExcluirPutaquepariu, Amannda! Falta de educação, esse texto.
ResponderExcluir[Você me abriu, escreveu em mim, e fechou de novo. Queira Deus que o mundo costure. Ou o tempo].
“Te acalma, existem coisas que precisam ser adormecidas para que sejam acordadas no momento certo. Se não, a vida se encarrega de apagar de vez.”
ResponderExcluirLevarei isso comigo...
:**
simplesmente PERFEITO!
ResponderExcluiramei *O*
beiijo
*.*
Amei... amei....
ResponderExcluirlindooo
Estou seguindo aqui também!
Bjinhos doces ;*
Lindo esse blog!
ResponderExcluirParabéns a todas!=)
Gostei do blog, a partir do título, que tudo tem a ver com o que é vertido aqui.
ResponderExcluirParabéns!
Te seguindo.
Foi a dor do momento. Foi o momento do doce meio amargo daquele... daquilo... do nada. Um pouco de saudade com uma pitadinha de amor todo mundo vive. ^^
ResponderExcluiramei os comentários!
grande beijo!
Nossa,que lindooo!
ResponderExcluirAmei o blog, amei os textos!
ResponderExcluirIntenso :)
Beijos
Entrei aqui por acaso e li o texto EI, PSIU! era tudo que eu precisava ler no momento, pra esse momento em que to começando a viver. Maravilhoso demais, adorei amei!
ResponderExcluirEstou seguindo ;)
beijos
Achei seu blog na comunidade do Caio Fernando Abreu, e me apaixonei pelo modo com você escreve, adorei o texto! Cheio de profundidade, um texto cheio de você, deu para sentir o que você sentia, ou pelo menos me passou muito, muito sentimento, confusão... incrível! parabéns
ResponderExcluirAdoreiii o blog, hoje encontrei na comunidade de Caio F.
ResponderExcluirDOCE...
Beijinhoos
O blog é muito legal, adorei. já estou seguindo *-*
ResponderExcluirFatalmente um texto lindo, perfeito por assim dizer! Saudades do blog! Beijão ^^
ResponderExcluirVisita o meu: meublogdasaudade.blogspot.com
;D
E são sempre dias normais, que chegam sem pedir. E vão sem se despedir.
ResponderExcluirPalavras desenhadas na tela, com cheiro de maça.
Elas dançam, e a musica estão na melodia de cada lembrança.
Engraçado quando me pego olhando pro espelho e nele reflete outra imagem que não sou eu. Incrível como isso acontece, estranho também, às vezes engraçado.
ResponderExcluirAcho que somos um tanto parecidas...
eu também ultimamente, custo a me reconhecer.
lindo o texto, adorei.
volto aqui .
Tudo aqui é lindo!
ResponderExcluirBeijos
Este comentário foi removido pelo autor.
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