terça-feira, 29 de setembro de 2009
Às almas especiais,
Elas não vem com um crachá no peito escrito EU SOU UMA ALMA ESPECIAL, elas vem é com amor, paz e amizade pra dar sem pedir nada em troca! A moça que sorri pra você na fila do pão, o motorista do ônibus que diz pra você tomar cuidado ao descer, pois a chuva é forte e as pessoas costumam cair ao descer do ônibus nesse tempo. Elas escorregam com esse temporal, caem com a rosto no chão, mas isso é porque não olharam pro chão, duvidaram que aconteria com elas, duvidaram do poder da chuva! Alma especial também sofre, não disseram pra você?
Essa semana reconheci uma alma especial, tive vontade de abraçar e não soltar nunca mais. Não fiz isso. Se arrependimento matasse! Devia ter dado um abraço. Eu até falei que daria, mas depois não dei! Abraço serve pra criar laços. Abraçar a alma e o coração. O abraço envolve o certo e o errado da alma, mas a gente só vê o certo! O errado a gente esmaga na hora do abraço, é por isso que a gente abraça forte quem amamos, pra esmagar o errado. Já percebeu que logo depois as pessoas se sentem melhor? Pois é... É o errado dando tchau. Nem toda despedida é dolorosa.
Alma especial detectada, tá sorrindo, tá amando e tá querendo te abraçar. Rodopia com ela no salão! A vida é uma festa e somos todos convidados especiais.
Acabou de estender a mão, vai passear no campo de lírios azuis, se não gosta de azul é porque nunca viu um campo de lírios azuis. É paz, é liberdade! O azul liberta. Assim como a alma que tá do seu lado!
Sim, tá do seu lado, do meu, tá do nosso lado! O mundo é cheio de almas especiais e se você souber reconhecer, vai saber que o mundo é SEU! Aprenda a procurar, quem procura acha. Um segredo, achar uma alma especial é mais que fácil, é só aprender a enxergar além das lentes. Essa carta é pra todo mundo que reconhece o especial no outro e em si! As portas estão abertas, agora é só esperar o bom da vida entrar cantando...
Noemyr, 29 de setembro de 2009 (Aqui de Brasília, a cidade onde o céu é azul, com uma força sem fim...)
domingo, 27 de setembro de 2009
Para Isis,
Querê a gente qué, até dimais. Mas num divia. Quando esse querê é maior que o gostá da gente, faz mal. Veneno, veneno. E isso serve pra mim tanto quanto procê, né mermo? Então, fico com as palavras da minha vó e divido co cê: 'O que é nosso tá guardado. Mesmo ocê num quereno, é Ele quem decide. A tapeçaria é Ele quem faz. O final é sempre um bordado perfeito'. Guarda.
[assim mermo, da cor da esperança]
Cris, a que sonha!
sábado, 26 de setembro de 2009
À Dona Ana (do reino tão, tão distante da Patolândia)
"E tem o seguinte, meus senhores: não vamos enlouquecer, nem nos matar, nem desistir. Pelo contrario: vamos ficar ótimos e incomodar bastante ainda. " Caio, sempre.
Um beijo.
Suh.
quinta-feira, 24 de setembro de 2009
A você, Felino.
“Tudo o que vai, vai sempre por alguma razão.”
Quando você foi, eu ainda era criança. Hoje eu já me fiz mulher. E amadureci-me a ponto de não ter medo da solidão. Encarei a verdade e domei quem sempre lhe assombrou. Hoje, ela é apenas uma companheira que me conta das palavras que você tem medo de escutar.
E já sou capaz de chamar o Amor. E quando ele me traz o amado errado, eu fecho a porta e ele já compreende. Não discute mais, eu bem que sei. E eu que acreditava que quem me ensinaria das peripécias do coração seria você... Mas de longe, você só abaixa os olhos. A sua menina agora é a minha mulher. Não vejo o modo que você deixa as suas pálpebras superiores irem para perto das inferiores (como se para consolá-las) mas sinto a cena, assim como vejo o teu sentimento que chega.
Um dia, você me fez gostar da vontade de aprumar minhas asas. Fiz delas fortes e delicadas. Mas toda vez que eu passo, sinto o seu cheiro felino sequioso por segurar o meu par de amigas do céu. Você bem sabe que essas asas gostam de liberdade e soltar purpurina ao bater, então não coloque essas mãos no pedaço que você me fez cuidar e deixa-me voar. Solta-me que eu tenho medo que tudo se repita. Me assombra a idéia de que se não for você, será outro alguém que cortará minha plumagem. Só que o coração ainda pede mais vento, e é por isso, somente por isso que vôo pra bem longe. E é desse modo que aplico a lição de casa que você me deixou: fugir.
Eu mergulho todos os dias em livros e me perco nas mal-traçadas letras que minha mão desenha. Deixo sempre a porta da varanda aberta para ser tocada pela liberdade em mais uma de suas performances. Vez ou outra, fecho os olhos com a esperança de, ao abri-los, te ver estacado em minha frente. E não está.
Olha, eu sei que a vida nos dá escolhas que não mudam apenas a nossa, mas a dos outros também. Sei disso porque quando você fechou a porta de casa, os ventos daquela decisão me empurraram para outro rumo. Não te julgo, mas a única coisa que lhe peço é pra tomar cuidado. Quando você foi, eu era criança em todos os aspectos. Não faz mais o coração das pessoas latejarem porque isso é ruim. E quando for, vai por inteiro. Não faça das lembranças alheias suas cúmplices. Deixe que as asas batam e só procurem lugar para pousar quando o coração estiver sarado. Enfoque nas escolhas que é pra não errar outra vez, porque o amanhã, eu bem sei, pode ser outro hoje.
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domingo, 20 de setembro de 2009
pra mim
quarta-feira, 16 de setembro de 2009
- Em nós, espalham-se os laços, desfazem-se os nós.

Ontem gritei teu nome. Gritei como se você fosse ouvir. Sabe aqueles gritos que saem da alma num momento extremo de prazer humano na mente? Aquele prazer de quando as vozes se encaixam numa bela harmonia, da mesma forma que os corpos se encaixam na liberdade da escuridão. Gritei teu nome. Gritei de verdade. Foi daqueles gritos que ninguém consegue ouvir, só eu e talvez você. Muito talvez mesmo. Não foi João nem Maria. Foi aquele nome nosso. Daqueles que nós sabemos a importância que é ter o que é nosso. Não estou lamentando, estou apenas dizendo que lembro, que lembrei. Lembrar é um estremo momento de lucidez na memória. Não, não bebi. Não hoje, nem ontem. Faz isso. Continua botando tua mão no meu peito esquentando meu coração. Ta guardado. Quente. Bem cuidado. Dos nós, fazemos os laços. Esses, nossos, laços. Ontem foi um daqueles dias que, a vontade de te ver chega ao extremo, ultrapassa qualquer linha de mar.Daqueles que não existe onda. É, o tempo brincando com dançar da areia. Eu com meus ensaios, você com seu trabalho. Essa distância que nos prende ainda mais. Gritei ontem e hoje, te espero. Isso é o que me basta de verdade. Você!
ps: essa foto eu tirei ontem, depois do ensaio.
domingo, 13 de setembro de 2009
Ritmos tolos, lembranças ingênuas
Tem dias que a gente acorda meio assim... Sem saber se expressar.
Acordei bem cedinho e fui sacudir a poeira da memória... Ah que maravilha!!!
Não sabia o quanto podia me redescobrir no meio de caixas velhas e romances maternalmente guardados.
Pequenos pedaços daquilo que costumo chamar de alegrias ocultas. Redescobri quase que desprezados pela correria dos meus dias azuis, aqueles que ainda são meus guias:
Janis, Legião, Jobim, Chico, Nara, Edith Piaf... Fitinhas velhas do :Jimi Hendrix, Bob Dylan, Patti Smith, Ramones, Sex Pistols, bad religion, Black Flag, pennywise, e tantos outros
Redescobri o prazer nos meus sambinhas remotos... (como diria mainha...os sambas que vovô dançou)
Fotos recortadas em velhas revistas que ninguém lê...Lá estavam a Jeanne Moreau, Leila Diniz, Spencer Tracy, Gregory Peck e ... Até um pôster da Monroe todo dobradinho.
Malditos MP3!
Fui fraca... Deixei parte de minha vida ( vida? Oloko, tu só tem 16), com dramas excessivos, é claro...amarrotados dentro de uma caixa...
Enquanto escrevo, vou apagando todos os MP3 do PC, deixando rolar no radinho os velhos CD’S, rindo com fotos ridiculamente afetivas,espalhadas sobre a mesa, e separando velhos clássicos da literatura para reler.
Meu Deus, foi preciso reencontrar para saber da falta oculta que eles faziam em minha vida?
Não importa... Deixo-te o meu mais sincero e amarelo sorriso, e te desejo dias claros, com lembranças docemente infantis.
Beijos: Danny
sexta-feira, 11 de setembro de 2009
Irmã
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*imagem Tipika
quarta-feira, 9 de setembro de 2009
Jaque,
terça-feira, 8 de setembro de 2009
Tereza,

É bom ver que teu sorriso voltou. Fiquei preocupada demais da conta com você nas últimas semanas. Vontade de estar junto, de arrancar com as mãos tuas feridas. Ahh, doce amiga! Acredite em mim. Eu sei bem como é ter todas essas feridas. E sei que algumas se curam em poucos dias, outras em anos, outras simplesmente ficam (e essas realmente doem mais em chuvosos). Aqui choveu o fim de semana todo. Resultado: feridas antigas se abriram e eu tive que tomar um analgésico pra ver se a dor ia embora (a do corpo, porque a da alma não passa com remédio).
Te escrevo para pedir que continue sorrindo. Faz bem. Pra alma, e pro corpo. Esse sim é um bom remédio e faz a gente seguir em frente, ter mais força. Também quero que saiba: Mesmo com alguns quilômetros de distância nos separando há mais de um ano, nossa amizade continua inabalável, como prometemos uma à outra, quando você teve que ir. Eu ainda tenho fé na gente, nos nossos planos, nas nossas vidas. Eu sei que a gente vai ser feliz e dividir um monte de momentos juntas, minha amiga. E levar nossos filhos ao parque para brincarem juntos em um dia de verão. Eu acredito em um futuro assim. Quero que você tenha fé que será assim também. E se por acaso não for, as coisas serão lindas também. E você estará sempre guardada na memória, no coração.
Peço que você se cuide. Vá ao médico ver essas crises de enxaqueca (É sério, pare de adiar isso!). A gente tem que cuidar da saúde e pronto. Eu sei que você tem medo. Se eu pudesse eu ia passar uns dias aí, só pra te acompanhar. Mas eu não posso. Você vai ter que tomar coragem e ir. Pede sua irmã pra te acompanhar. Enfrenta o medo de frente! Você vai ser tia, lembra? Precisa ser forte pra curtir seu sobrinho que tá pra nascer.
Você não tá sozinha! Tem muita gente que te ama aqui e aí também. Eu sei disso. Quando a dor apertar no peito, me liga. Você sabe que pode contar comigo. Se você estiver bem, me liga também. Pra gente falar de coisas bobas e dar boas risadas, como fazíamos antes. Eu sinto sua falta. Sei que você sente a minha falta também. E é essa saudade que nutre a nossa amizade até hoje. Você sabe que eu te amo, não é? Então, please, se cuide, e sorria!
"...tudo passará um dia, quem sabe tão de repente quanto veio, ou lentamente, não importa." Caio F.
Da sua sempre amiga,
Suh
PS: Um beijo, mil beijos. E que seja doce...
segunda-feira, 7 de setembro de 2009
Carta para uma nova alegria....
Daqui pra frente.
É estranho como o tempo passa. É incrível como as dores de outrora podem, simplesmente, ficar na memória sem que isso cause um incômodo no presente.
É só uma questão de ajuste: se você pensar que é capaz de trilhar um novo caminho, certamente não são as palavras duras de outros que te farão desistir. Se você pensar que a vida pode, sim, progredir, tudo muda de figura.
Outra coisa que penso: as emoções são minhas. Só minhas. E o que é meu, eu posso conhecer profundamente e entender. Não preciso atribuir a alguém ou alguma coisa a minha felicidade se compreender que o primeiro passo para que ela chegue é entender a mim mesma e estar contente com aquilo que entendo. Não preciso mudar a minha aparência. Porque a minha essência reside no que sou como pessoa. E se a minha essência é bonita, consequentemente, o meu exterior também será, não importa o que diga o passar dos anos. A beleza verdadeira é o auto-conhecimento.
Acho que escrevo tudo isso hoje para dizer ao meu passado que ele passou. Verdadeiramente.
Para as pessoas por quem tive um apreço imenso, posso dizer que elas continuam aqui, guardadas em algum lugar onde o sentimento reside. Pessoas não passam realmente. As épocas passam. O contexto passa. Mas, quando alguém foi importante em algum momento de nossas vidas, sua imagem fica conservada para que as lembranças vivam de alguma maneira e que, quando elas resolverem surgir, um sorriso possa despontar.
Ao passado: seu lugar é lá atrás.
Ao presente: que seja intenso...
E ao futuro? Não sei o que dizer. Quando se vive o dia de hoje com veemência, o amanhã é intangível...
"Te desejo uma fé enorme, em qualquer coisa, não importa o quê....”
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Laís, ouvindo músicas bobas. E sorrindo, de agora em diante.
Araras, SP.
domingo, 6 de setembro de 2009
A você, que não sai do meu jogo
E vai ser agora, com essas mãos trêmulas e com o coração saindo pela boca para receber oxigênio já que o pulmão está tão comprimido, que eu te escrevo essas mal-traçadas linhas. E vai ser sem a maldita razão que você tanto criticava em mim e que me arrancou de ti. Aqui comigo, só está a emoção do nosso primeiro beijo na cantina da escola e o grito do coração me pedindo pra não te deixar nunca mais.
Tanta coisa aconteceu nesses dois anos que, eu que já nem sei se te interesso mais, prefiro não lhe cansar. Foram coisas que no fundo queriam driblar o meu juízo e ir te buscar pelos cabelos pra perto de mim. Tempos atrás, eu sei que não precisaria ser desse modo, porque era só eu te chamar que essas suas pernas te moveriam para o meu lado. Hoje, eu já não sei.
Você não sabe a trabalheira que me deu nesses meses. Foi mais trabalho do que quando a gente estava junto. Eu até tentei me deixar em paz. Depois de você, dois ou três entraram pela minha porta. E eu juro que após eles passarem, eu a trancava. Mas não tinha jeito, você sempre ocupou tanto espaço dentro de mim que, quando eles tentavam te empurrar para fora da janela, você sempre era o mais forte e colocava pra fora cada um.
Em janeiro fui visitar a nossa Paris. Você não tem ideia do quanto eu tentei evitar subir na Torre Eiffel. Afinal, aquele lugar estava reservado pro nosso noivado, lembra? Ah, essas promessas juvenis que mesmo quando a gente amadurece mais um pouco, pedem para serem cumpridas. Mas eu subi, "não se pode deixar tanta vida pra depois", lembra disso também?
Sabe de uma coisa que eu aprendi? Assim como o som precisa do ar para se propagar, a vida da gente precisa de amor para se desenvolver. Então eu lhe peço: Volta! Volta que o meu platonismo já não consegue me deixar crescer mais. Agora preciso é de você em carne e osso.
A minha memória falha já me tirou o gosto dos rios que você colocou em meus olhos. A gente começa do zero, eu não me importo. Ainda me falta conhecer a Buenos Aires dos nossos planos. Se você disser que vem, eu te espero. E se por um acaso ela lhe fizer lembrar dos nossos desencontros, eu não me importo em deixar de realizar esse sonho argentino. Ainda há o mundo inteiro para nos reencontrarmos pela primeira vez. E eu nem preciso sonhar alto como você não, o nosso Brasil possui terras lindas. E é até melhor, que é pra eu não ter tantos segundos para contar até os seus lábios chegarem nos meus pela nossa incontável primeira vez.
E eu te mando essas letras que eram minhas e agora são suas. Peço para elas serem lidas em voz alta por esse coração que já deve ser seu, mas que eu sei, um dia será meu novamente.
Para sempre tua, Rayssa N.
quarta-feira, 2 de setembro de 2009
À menina dos escritos no chão.

Não sabe o quanto me faz bem acordar bem cedo pra estudar e no caminho ler seus escritos. Você escreve bonitezas, e as escreve com giz... Giz colorido. Sua última mensagem falava de amor, estrelas.
Sabe que eu queria ver seu rosto? Seu corajoso rosto. O rosto da menina que escreve bonitezas e não fica pensando se a chuva que cai de madrugada vai lavar o que ficou registrado no asfalto. Ela tem coragem, ela voa com os pés do chão. Pinta o mundo com o seu giz azul e rosa.
Você deve escrever essas delicadezas por você, mas escrevo para que você saiba o quanto suas singelas escritas me fazem sorrir e começar o dia bem. Devo confessar que ao ler o que escreve, olho para o lado esperando ver se a menina que traduz estrelas com giz está por perto. Nunca está. Mas as palavras estão no chão. E se por um motivo o sentimento sumir do asfalto, tenho certeza que giz é o que não falta na sua imaginação cor de rosa! Ela recomeça...
Continue com o giz na mão e com coragem para pintar e escrever o que sente.
Um beijo, cem beijos... Coloridos com giz.
Noemyr,
Brasília, 02 de agosto de 2009.
Má,
A gente se fala no celular, na correria de sempre enquanto você estuda-trabalha perto do mar cuidando de gentes e crianças. O tempo anda apressado mesmo por aqui e também não tou lá essas coisas pelos dias. Crise tepeumática. Não gosto de assumir, mas tenho. Sem falar no sol que faz aqui no sertão. Vi Os Normais sábado na companhia de. Até gostei, ri deveras. Mas, mas não sei-crise de novo. Final de semana tem feriado. Você podia vir e a gente marcar qualquer coisa. Até as caminhadas debaixo de chuva. Se chover. Não tenho nada de trabalho pra fazer no feriado, nada que me preocupe. Aliás tenho me preocupado cada vez menos, o que é uma vitória. Clarinha ta bem. Já tem ares de adolescente e não gosto muito. Às vezes acho graça, sabe? Não tou acostumada. Aliás, não to acostumada com um monte de coisas, mas é preciso, né? Pra viver bem.
Agora, preciso ir. Tem um montão de coisas em cima da mesa pra terminar...Uf !
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Paz pra você